2 de agosto de 2011

A compra da Schincariol e a teoria da conspiração

Depois de muita especulação, e contrariando pitacos de várias pessoas do meio cervejeiro, que apostavam em Heineken, SABMiller, Carlsberg entre outras, a japonesa Kirin Brewery arremata majoritariamente a Schinacariol por R$ 3,95 bilhões.


Levando em conta apenas o mercado da bebida que nos interessa, os japoneses da Kirin assumem o controle acionário da segunda maior cervejaria do país. Pela frente, os nipônicos terão a difícil tarefa de lutar contra o "quase-monopólio" da Ambev, braço tupiniquim da global AB-Inbev.

Pesquisando um pouquinho sobre as companhias em questão (e pode acrescentar também uma pitada de teoria da conspiração na minha conta), um fato me deixou bastante curioso. Kirin e Anheuser-Busch, parcela norte-americana da AB-Inbev, mantêm parceria há mais de uma década no Japão. As duas formas uma Joint Venture para a distribuição da Budweiser na Terra do Sol Nascente.

Cabe acrescentar que a Kirin Brewery é parte de um grupo bastante conhecido aqui no Brasil: o conglomerado de empresas Mitsubishi. Pertence também a este grupo (mais outra pitada da "teoria") um dos principais bancos responsáveis pelas bilionárias operações globais de fusões que resultaram no que hoje é a maior cervejaria do mundo: a AB-Inbev.

Tá certo! Isso não quer dizer nada, eu sei... Mas aposto que o leitor do Gole que, por acaso, também for um pouco inclinado às teorias da conspiração, vai chegar a conclusões que, no mínimo, podem alimentar um bom "papo conspiratório" em uma mesa de bar.

obs.: Se quiser me chamar de louco, use o espaço abaixo. Será um prazer ler seu comentário! ;)

Até o próximo gole.

13 comentários:

Pedro Palaoro disse...

LINDO.... LINDO. Nada com uma pitada de teoria da conspiração pra botar um pulga atras de orelha de TODO MUNDO.

Fernando disse...

Eu mesmo não tenho dúvidas de que os funcionários chefões desses cartéis conspirem para dominar o mundo com seus cérebros tacanhos. Se o povo continuar a beber essas cervejas de qualquer coisa que são 'baratinhas', só porque as indústrias gastam mais em ações do que em malte, mais dia ou menos dia vou ficar com a responsabilidade de beber toda cerveja que produzo... tá ok, isso nem é tão trágico assim. Sabe que é até uma boa idéia de monopólio essa!

Gole de Cerveja disse...

Hehehehe.
Obrigado pelos comentários, conspiradores!
Foi a pulga atrás da orelha que me levou a postar isso hoje, Pedro. E Fernando, pode dividir comigo sua produção, ok? Não se preocupe.

Anônimo disse...

Mais uma para alimentar a teoria conspiratória : bebi neste fim de semana uma Kirin Ichiban que no rótulo informava ser produzida na California pela Anhauser-Bush sob rigorosa (?) supervisão da Kirin.

Gole de Cerveja disse...

Muito bem acrescentado, Giovanni. Obrigado pelo valioso comentário.
Será que vão ser grandes francas concorrentes aqui no Brasil?

Unknown disse...

Só falta serem eles que impediram a importação da Flying Dog no Brasil! Brincadeiras a parte, se começar a procurar, pode ser que apareçam relações com a Heineken, SABMiller ou qualquer outra que gostaria de comprar a Schin. As relações entre essas cervejarias mudam de acordo com a necessidade e a localização geográfica.

Unknown disse...

Só resta beber cervejas artesanais e boicotar todas as grandes cervejarias. Viva la revolución! (só a cervejeira, por favor).

FABIAN disse...

Como eu também sou um daqueles que acha que no mundo não existe nada por acaso, acredito MUITO na tua teoria. Cara, esse tipo de negócio não se faz assim no mais. Tem muita mutreta por trás, sempre. Parabéns pelo post, Thales!!!

Gole de Cerveja disse...

Esse é o grande problema, Nike. Essa conveniência pode não ser saudável para a livre concorrência.
Estamos juntos na revolução cervejeira, Adriano.
E conspirador Fabian, obrigado por seu comentário. Continuemos futucando as entrelinhas do que acontece por aí nesse mercado gigante.

Fernando disse...

Como cervejeiro caseiro produtor de cerveja de verdade penso -conspirando- que devemos incentivar os grandões a produzir mais -e pior- as suas 'bebidas alcoólicas fermentadas à base de cereais'. É só eles trocarem o nome na garrafa, tirando o termo cerveja e colocando algo como 'bafebaca'... que tal?
Oh, não! Criei um 'novo' produto ideal para os ideais das grandes indústrias. Puxa vida, tomara que eles não vejam isso, oh, não!
To me sentindo tão inteligente hoje!

Gole de Cerveja disse...

Fernando, a escolha do nome deste novo produto renderia uma enquete bacana, hein!
rs

Luiz Caropreso disse...

Como Sommelier de Cervejas, jurei, entre outras coisas a não depreciar nenhuma marca mas confesso que no caso Schin, minha maior preocupação é com a manutenção com qualidade das Baden, Eisenbahn e Devassinhas.

Anônimo disse...

Conspiração neles! Com toda a certeeza!
Se a maioria das pessoas tivessem a oportunidade de saber uma notícia dessas o Brasil não seria controlado por países de maior organização e defenderíamos nosso sabor provando pra todo o mundo que temos potencial de superar grades marcas.

Vamos repassar a informação! abraço a todos

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