25 de janeiro de 2011

Cervejas do mundo na palma da mão

Inovação é um conceito muito presente no mercado mundial de cerveja. Muitos inovam bastante em sabor. Outros, destacam-se mais por empreenderem com sucesso em marketing, logística e mercado financeiro, por exemplo. Agora, chegou a vez da tecnologia da informação.

Um programa para smartphones chega no mercado como uma das novidades mais interessantes do ramo cervejeiro. O aplicativo "The Beer Expert", criado pelo norte-americano Matt Simpson, promete revolucionar a maneira com a qual o consumidor de cerveja se relaciona com a bebida. Vai servi-lo, na palma de uma das mãos, um relatório completo sobre a cerveja que ele carrega na outra.

"The Beer Expert", versão para celulares Android

Tipo, descrição comercial, fotos e até quantidade de álcool por volume são informações que o aplicativo mostra na tela em segundos, após o comando do usuário. A pesquisa pode ser feita de três maneiras, todas elas muito simples. Buscar normalmente pelo nome, fotografar o código de barras ou até mesmo falar em voz alta a marca da cerveja.

O usuário também pode deixar comentários sobre o produto, além de ser possível, à moda Facebook, "curtir" ou "não curtir" o que está publicado. E por falar na maior rede social do mundo, o "Beer Expert" também tem acesso a um banco de dados considerável. Mais de 300 mil marcas do mundo inteiro estão cadastradas. Entre elas, algumas daqui.

As brasileiras melhores classificadas pertencem à cervejaria Eisenbahn (SC) e à Baden Baden (SP), ambas produzidas artesanalmente. Marcas mais comerciais como Brahma, Antarctica, Skol, Bohemia, Xingu e Caracu também estão na lista.

Por enquanto, o programa roda apenas em celulares que usam o Android, sistema operacional do Google para smartphones. Está à venda por US$ 2,99 neste link e na Android Market. Usuários de iPods, iPhones e iPads podem ficar tranquilos. A loja de aplicativos da Apple deve ser a próxima a receber o "Beer Expert".

O Gole de Cerveja não vê a hora de experimentar essa novidade, que tem tudo para crescer e causar impacto no mercado mundial de cerveja. Com o poder, os consumidores.

21 de janeiro de 2011

Brasil é terceiro no mundo em produção de cerveja

No mercado cervejeiro nacional, o ano que passou não deve ser esquecido. Ao longo de 2010, o Brasil deixou Rússia e Alemanha para trás e assumiu o posto de terceiro produtor mundial de cerveja, com 12,6 bilhões de litros.

A conquista é resultado de muito investimento. No ano passado, a indústria cervejeira injetou R$ 5,4 bilhões no mercado nacional, quase o triplo do valor investido, em média, nos anos anteriores. Com o impulso extra, a produção da bebida no Brasil cresceu 18% em relação a 2009.

As razões para tantos números positivos são uma combinação de fatores. Bom momento econômico, clima favorável ao consumo de cerveja e até mesmo o fato de 2010 ter sido ano de Copa do Mundo ajudaram o mercado nacional da bebida a subir duas posições no ranking mundial.

De agora em diante, novas conquistas vão exigir muito fôlego. As duas maiores economias do mundo lideram com folga a produção mundial de cerveja. Só que, nesse caso, as posições são invertidas. A China é a primeira, com 40 bilhões de litros em 2010, seguida dos EUA, 5 bilhões de litros atrás.

É um duelo de titãs que está longe de ser interrompido, mas o Brasil pode ganhar muito comendo, ou melhor, bebendo pelas beiradas. No que depender da economia em geral, as previsões para os próximos anos são animadoras.

19 de janeiro de 2011

Cervejaria é destruída na Região Serrana do Rio

Os prejuízos causados pelas chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro são irreparáveis. Centenas de vidas foram interrompidas em uma das piores tragédias naturais que o país já enfrentou. Os deslizamentos deixaram, também, mais de 20 mil pessoas desabrigadas. 

A natureza destruiu praticamente tudo o que viu pela frente em mais uma resposta à ação desordenada e insustentável do homem no planeta. Entre milhares de famílias que acumulam prejuízos incalculáveis há sete dias, uma em especial pode contabilizá-los em cervejas.

Foto: (http://www.cervejacidadeimperial.blogspot.com/)

Propriedade dos descendentes da família imperial, os Orleans e Bragança, a Cervejaria Cidade Imperial foi destruída pelas chuvas no último dia 12. Desde então, o prejuízo já soma R$ 1,5 milhão. A força da água, que alcançou mais de 2 metros de altura, destruiu todas as instalações.

É a segunda vez que a cervejaria sofre com esse tipo de problema desde que foi fundada, em 1997. Calcula-se que será necessário um mês para o retorno das atividades, período em que a indústria produziria 200 mil litros, fabricados de forma artesanal.

Diante dos prejuízos acumulados com os temporais e visando a segurança dos funcionários, a Cervejaria Cidade Imperial estuda a possibilidade de deixar o município. É uma opção que, infelizmente, mais de 700 pessoas não têm mais como cogitar.

18 de janeiro de 2011

Brahma e Itaipava brigam na justiça

Duas grandes cervejarias travam uma batalha que extrapola os limites do mercado consumidor. A disputa entre a Brahma, uma das marcas da Ambev, e a Itaipava, do Grupo Petrópolis, foi parar na justiça. O motivo nada tem a ver com o conteúdo, e sim com a embalagem.


Lançadas em agosto de 2010, as latas vermelhas da Itaipava foram, agora, vetadas pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A cervejaria de Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, foi acusada de concorrência desleal ao ter, segundo a Ambev, aproveitado-se da estratégia de marketing adotada pela Brahma um mês antes (julho/2010).

O prazo dado à Itaipava para retirar as latas do mercado é de 30 dias, contados a partir do último dia 12, data da decisão judicial. A multa diária por descumprimento é de R$ 30 mil, mas o Grupo Petrópolis ainda tem a opção de recorrer. Em nota, a empresa afirma que só vai se pronunciar quando tiver acesso à integra do processo. 

Esta é a terceira vez que as duas cervejarias se enfrentam judicialmente nos últimos anos. As acusações anteriores tinham, também, relação com cópias de embalagens e de logomarcas. 

A aparência do produto parece ser, nesses casos, o que prevalece. As cervejarias comerciais brigam na justiça para se diferenciarem na forma, enquanto o que mais importa, o conteúdo, fica cada vez mais padronizado.

16 de janeiro de 2011

Miller retorna ao Brasil em 2011

Quatro anos após deixar o mercado brasileiro, a cerveja americana Miller está de volta. A marca, que pertence à gigante SABMiller, segunda maior cervejaria do mundo, começou a ser vendida este ano em Porto Alegre. Até o fim de 2012, vai marcar presença no país inteiro.


Quando o assunto é cerveja, o Brasil está cada vez mais atraente. E, para reconquistar uma fatia desse mercado, a SABMiller, já para o primeiro ano, prevê o investimento de US$ 15 milhões. O valor elevado é necessário para permitir que a cerveja tenha condições de concorrer em um mercado dominado pela Ambev. Mas nem sempre elas foram concorrentes.

Entre 1996 e 2007, a cerveja foi produzida no Brasil por uma parceria entre a SABMiller e a Brahma, uma das marcas da gigante brasileira. Ao final do contrato, não houve interesse das partes em manter a produção e a Miller deixou de ser uma opção no mercado brasileiro.

Agora, em retorno realizado em parceria com a importadora gaúcha ImportBeer, a cerveja pode pegar carona no crescimento do ramo no Brasil. Quem ganha com isso? O consumidor, que é o maior beneficiado com a concorrência entre as cervejas no mercado.

11 de janeiro de 2011

Reino Unido, uma "caxemira" pacificada

Paquistaneses e indianos se preparam para mais um capítulo na disputa que envolve os dois países há mais de meio século. Só que, ao contrário do que ocorre desde o fim da colonização britânica, em 1947, a nova etapa desse conflito não vai acontecer nos campos de batalha da Caxemira, e sim no mercado cervejeiro europeu.

Consolidadas no Reino Unido em diversos restaurantes que servem comidas típicas da ex-colônia na Ásia, marcas indianas como a Kingfish precisam ficar de olhos bem abertos. Isso porque a principal cervejaria do Paquistão decidiu que também quer uma fatia desse mercado. E não vai faltar experiência.

Criada em 1860 para atender à demanda dos militares britânicos que ocupavam a então colônia no subcontinente indiano, a Murree Brewery pretende, agora, usar o mercado comum europeu para driblar as leis nacionais que limitam seu crescimento.



Desde 1977, quando ficou proibido no Paquistão o consumo de bebidas alcoólicas por muçulmanos, a cervejaria – que já foi uma das maiores do continente asiático – reduziu o poder de produção por falta de consumidores. Apenas 4% da população paquistanesa não segue o islamismo. E se Maomé não vai à montanha...

É para a Europa que a Murree Brewery está de mudança. Já que as leis paquistanesas proíbem, inclusive, a exportação de cerveja, o novo endereço vai ser Praga, na República Tcheca, centro do continente europeu. Além de viabilizar os negócios, novos ares vão dar mais estímulo à empresa.

A expectativa do executivo-chefe, o paquistanês não-muçulmano Isphanyar Bhandara, é competir com as cervejas indianas no mercado britânico já no prazo de três meses. A previsão é de disputa bastante acirrada. Mas, no fim das contas, espera-se que seja pacífica, inspirada nos pensamentos do idealizador Mahatma Gandhi: “olho por olho, e o mundo acabará cego”.

7 de janeiro de 2011

Cerveja de Harry Potter chega a 1 milhão em vendas

Uma fórmula mágica tem feito o maior sucesso nos Estados Unidos. Apreciada por Harry Potter e seus amigos de Hogwarts na ficção, a cerveja amanteigada acaba de chegar a 1 milhão de unidades vendidas no parque dedicado ao mundo criado pela escritora britânica JK Rowling.

O Mundo Mágico de Harry Potter é uma área temática construída no interior do parque Universal Orlando, na Flórida. Funciona desde junho de 2010. E, nesses quase 7 meses, parece que lançaram algum feitiço sobre os visitantes.

Cervejas grátis para comemorar 1 milhão de vendas
Foram consumidas, em média, cerca de 4.700 cervejas amanteigadas por dia. A bebida faz sucesso entre bruxos e trouxas de todas as idades. É produzida sem álcool e tem o sabor levemente adocicado, mas a fórmula completa é mantida em segredo. Está guardada a sete chaves ou, talvez, em alguma câmara secreta.


Mas o que os responsáveis pelo parque não escondem é a satisfação. E, para festejar a marca alcançada nas vendas da bebida, distribuíram 1.000 canecas para os visitantes. Foi um grande brinde que só mesmo a magia da cerveja pode proporcionar.

4 de janeiro de 2011

Pequenos estão cada vez maiores

Tamanho é documento? No mercado cervejeiro, não é mais. De olho no crescimento acelerado que o setor tem apresentado, uma grande associação de cervejarias artesanais fez uma alteração em seu estatuto social para dar melhores condições aos pequenos de competirem em um mercado dominado por poucos gigantes.

Para que uma cervejaria seja considerada artesanal, podendo usufruir de benefícios como redução de impostos, o limite máximo de produção estipulado pela Brewers Association (BA) passa de 234 milhões para 700 milhões de litros anuais. Ótimo para quem já estava quase rompendo a antiga barreira, como é o caso da Boston Beer, a maior artesanal dos EUA.

Jim Koch, presidente da "gigante" artesanal Boston Beer 

A decisão, porém, não deve surtir muito efeito por aqui. Apesar do destaque no mercado nacional, a Colorado é a única brasileira associada à BA. E, no que depender da cervejaria de Ribeirão Preto-SP, o curso dos negócios não deve ser alterado. Com o objetivo de manter a qualidade da cerveja, o presidente Marcelo Rocha não pretende avançar muito além dos atuais 720 mil litros/ano.

É assim que as artesanais fazem a diferença. Com produções menores e profissionais capacitados, fica mais fácil inovar e oferecer cervejas diferenciadas a consumidores cada vez mais exigentes. Pelo menos nesse aspecto, os pequenos parecem dar conta do recado.
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