O país da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos já coleciona títulos e medalhas. Apesar de todos os problemas com burocracia, infraestrutura e falta de investimentos públicos, o jovem time brasileiro tem feito bonito nas competições internacionais. É a prova de que sucesso e legado só resultam de um trabalho realizado com seriedade e dedicação.
Obviamente, não estou me referindo ao futebol. Até poderia mencionar remadores, atletas do salto em altura ou mesmo da natação. Mas não... O que pretendo destacar no post de hoje é o excelente desempenho das cervejas artesanais brasileiras em torneios pelo mundo e o legado que elas estão proporcionando à cultura cervejeira no país.
O Chile foi o palco mais recente do espetáculo que os nossos craques propiciaram aos torcedores, quero dizer, aos jurados da Copa Cervezas de América, realizada em Santiago entre os dias 5 e 10 de setembro. Bamberg (SP), Bierhoff (PR) , Bierland (SC), Bodebrown (PR) e Invicta (SP) formaram o plantel verde e amarelo na competição.
A burocracia tupiniquim, porém, também entrou em campo. Com as garrafas enviadas para o Chile retidas pela Polícia Federal, a cervejaria Colorado (SP), infelizmente, foi um desfalque para a equipe. Mas o time brasileiro deu a volta por cima e a dupla de ataque Bamberg e Bierland garantiu importantes canecos (ou seria melhor canecas?!) para a cerveja brasileira (confira aqui o quadro de medalhas).
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Alexandre Bazzo, mestre-cervejeiro e proprietário da Bamberg Bier |
No fim das contas, a maior beneficiada é a cerveja artesanal brasileira, que vai deixando para trás a fama internacional de que o Brasil só gosta de cervejas de massa. "Foi importante poder mostrar que o universo cervejeiro no Brasil existe e está em franco desenvolvimento", comenta a jornalista e sommelier de cervejas Fabiana Arreguy, que integrou o corpo de jurados da competição. "O Brasil foi o grande comentário da noite de premiação. É claro que senti uma ponta de orgulho e vaidade sem tamanho".
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Jurados da Copa Cervezas de América 2011 |
No Brasil, algumas promessas de incentivo às microcervejarias estão em fase embrionária. De concreto, efetivamente, ainda não se tem nada. O desempenho dos craques da cerveja artesanal brasileira dentro e fora do Brasil pode (e deve) ser levado em conta.
A soma de investimentos sérios e bem direcionados, legislação justa e ética, além de comprometimento, só pode resultar em algo positivo. E isso não serve apenas para o fortalecimento da cultura cervejeira no Brasil. É, também, uma boa dica para os responsáveis pela organização dos grandes eventos esportivos que vêm por aí.
Até o próximo gole.
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